quinta-feira, 2 de maio de 2013

PARQUE NACIONAL SERRA DE AIRE E CANDEEIROS


Um 25 de Abril diferente, depois de uma incursão inicial no ano passado o pessoal da ZONA 55 BIKE TEAM, ficou de voltar ao Parque Nacional da Serra de Aire e Candeeiros, tínhamos combinado que me avisavam e assim o fizeram. A ideia era testar o material para a ida conjunta com dois elementos da FÔJO-ZYBEX-BTT TEAM  a Santiago de Compostela, levaram os belos atrelados já com algum peso para verificar o comportamento de material e também das dificuldades inerentes para puxar mais aquele peso.
Pode-se dizer que o percurso (do qual aguardo o track para futura publicação) escolhido foi o ideal para testar máquinas e atletas, com um acumulado de subida porreiro, dificuldade técnica a roçar o 5, mas juntando a isto paisagens 5 estrelas a fazer esquecer as dificuldades que se nos depararam ao longo do percurso, mas todas elas superadas com maior ou menor dificuldade. 
A minha palavra de agradecimento ao pessoal da Zona 55 Bike Team pelo convite, em especial ao João Valério, e desejo desde já as maiores felicidades na viagem a Santiago, mantendo o desejo que me juntar a eles em futuros eventos.


os sete magníficos antes do arranque
aqui em pleno aquecimento logo uma "subidazeca"

perfeitamente integrados na paisagem


o Nuno Carpinteiro da Fôjo-Zybex BTT Team
sempre bem disposto o João ia espalhando o seu bom humor
 até se esquecia do atrelado


um pequeno engano, a testar a brecagem conjunto bike-atrelado


sempre um verde a perder de vista

"_sim! é ali que ainda havemos de passar_"


aqui a incursão num single track camuflado 
mas bem difícil apesar de curto

uma pequena paragem, o Marco já tinha fugido


cá está ele a liderar o pelotão, ele que conhece bem a zona
estava como peixe na água

o Manuel João Maia e o seu veículo composto





o amigo José Gouveia da Lamego Bike




trilhos sem fim em que éramos obrigados a pedalar em coluna
 e sempre bastante atentos uma vez que as pedras podiam fazer das delas
As Serras de Aire e Candeeiros são o mais importante repositório das formações calcárias existente em Portugal e esta é a razão primeira da sua classificação (Decreto-Lei nº 118/79, de 4 de Maio) como Parque Natural. 












não estávamos sozinhos
já no cume da serra, com vistas inesqueciveis
tudo bem João, vamos lá apanhar a malta que já lá vai



um dos muitos moinhos ainda existente na serra 
para recordar outros tempos
Filipe Rodrigues

na Fórnea, para a posteridade
FÓRNEA
Um estranho fenómeno geológico dá a ilusão de ser um anfiteatro natural. Assemelha-se a um enorme abatimento da crosta terrestre, começando em Chão das Pias e descendo até Alcaria


em plena descida

a caminho da Mendiga
Segundo diz a tradição, no início do povoamento de Mendiga havia apenas três casas e nelas teriam habitado alguns mendigos, dando assim origem ao topónimo : Mendiga. No entanto, alguns historiadores desmentem o facto, argumentando que a freguesia teve sempre muita população, inclusivamente terá fornecido gente a D. Fuas Roupinho para a tomada de Porto de Mós aos Mouros. Mas a verdade é que na primeira edição do “Couseiro” é referido que D. Afonso Henriques concedeu o privilégio a quinze homens da povoação, para que povoassem toda aquela extensão de terras ásperas e despovoadas até Minde; como apenas pagavam o dízimo à Igreja, foi-lhes imposto que dessem pousada, roupa e comida aos caminhantes e mendigos que por ali passassem, pois naquela época vivia-se uma importante fase da Reconquista Cristã, em que Mendiga era um ponto estratégico. Todas estas contradições levantam algumas dificuldades na obtenção de informações verdadeiras, relativas ao povoamento da freguesia nos inícios da Nacionalidade.
Mendiga foi um curato da apresentação da Colegiada de S. João do Porto de Mós, de cuja freguesia se desanexou por volta de 1525, por determinação do Arcebispo de Lisboa, Cardeal Infante D. Afonso, tendo sido elevada a freguesia alguns anos mais tarde. Pertenceu à Comarca de Leiria, tendo sido integrada na Comarca de Porto de Mós por volta de 1884. Por supressão do concelho de Porto de Mós, esteve anexada ao concelho de Alcobaça de 1895 a 1898.
O lugar de Mendiga foi electrificado em 1960, o da Marinha da Mendiga em 1971 e os da Bemposta e Cabeça Veada em 1976.
É uma Freguesia de fracos recursos agrícolas, pelo que é recorrendo á extracção de pedra, em pedreiras e a outras actividades por conta de outrem, para além de alguns estabelecimentos locais, que se baseia a economia da comunidade local.


outros tempos

aquela bike pendurada na parede indica uma oficina na povoação de Mendiga
 muito perto do chafariz existente no largo da igreja, quem tiver algum problema na bike por aqui pode-se socorrer aqui 





nos moinhos de Serro Ventoso




decidimos ir à Cabana do Tio Elias, era logo ali em baixo 
depois de um desvio do campo de futebol da Bezerra
aqui é só trazer a bela merenda e desfrutar das condições
mais importante é conservar como está
um silêncio e uma frescura 
propícia para uma bela tarde de primavera



Ecopista de Porto de Mós, que foi em tempos uma linha de comboio
servia para transportar carvão das minas da Bezerra para Porto de Mós
Caminho-de-Ferro da Bezerra
Após o inicio da exploração do carvão instalou-se esta linha de caminho-de-ferro (1928), com um trajecto irregular de forma a vencer a Serra da Pevide. Foi desmantelada em 1953, ficando unicamente os trilhos que dão acesso a toda esta vasta paisagem.
O Caminho-de-Ferro vinha da Martingança, passava por Batalha e Porto de Mós, seguindo depois até ao lugar da Bezerra, na freguesia de Serro Ventoso, de onde transportava o carvão explorado nas minas que ali existiram, juntamente com as das Barrojeiras (Alcanadas). 



junto dos parques  de merendas 




Castelo - S. João Baptista

Obra arquitectónica de características singulares, o castelo de Porto de Mós, erguido sob os escombros de um posto de vigia romano, acumulou ao longo dos séculos influências militares, góticas e renascentistas assentes numa estrutura pentagonal com torreões de reforço nos ângulos, apesar de, atualmente, resistirem apenas quatro. Os dois torreões que compõem a fachada principal são ornamentados por duas cúpulas piramidais, com acabamento de cerâmica de cor verde.
Inicialmente uma fortaleza de índole árabe, o papel do castelo de Porto de Mós foi flagrante durante o período da conquista cristã. Após sucessivas guerrilhas entre portugueses e mouros, em 1148, D. Afonso Henriques, auxiliado por D. Fuas Roupinho, acaba por tomar a vila e vencer as tropas sarracenas, comandadas pelo rei Gámir de Mérida.
Neste contexto, o castelo é posteriormente entregue a D. Fuas Roupinho, que se viria a tornar no primeiro alcaide da vila de Porto de Mós.
No reinado de D. Dinis, a fortaleza recebe importantes obras de beneficiação e em 1305 é concedida a carta de foral à vila de Porto de Mós, que há data, já se tinha constituído concelho.
Como prova da importância da vila, no contexto nacional, D. Dinis oferece Porto de Mós a sua esposa, Rainha D. Isabel.
Em 1385, o castelo de Porto de Mós volta a desempenhar um papel decisivo naquele que viria a ser um marco na história de Portugal, a Batalha de Aljubarrota, ao albergar as tropas de D. João I e de D. Nuno Álvares Pereira nas noites anteriores à batalha, durante as quais foram planeadas as estratégias de guerra que viriam a dar a independência definitiva ao país.
Após o falecimento de D. João I, o domínio do castelo foi legado à sua filha e genro, os Duques de Bragança, e por hereditariedade ao seu neto D. Afonso, 2º Duque de Bragança, 4º Conde de Ourém e 1º Marquês de Valença, também neto do condestável Nuno Álvares Pereira.
Foi nas suas mãos que a estrutura medieval deixaria de ser uma atalaia para passar a ser um palacete residencial.
Durante a segunda metade do século XV, D. Afonso, homem culto e viajado, sob fortes influências renascentistas que começavam a despertar na Europa, inicia obras de recuperação no castelo, visíveis até aos dias de hoje, que posteriormente os seus descendentes conservaram e ampliaram.
No século seguinte, D. Manuel volta a dar alcaidaria ao Duque de Bragança, sucessor de D. Afonso, que faz novas intervenções.
No entanto, os abalos sísmicos sentidos em 1755 viriam a destruir uma parte do castelo. Posteriormente, em 1936, tem lugar a primeira intervenção de recuperação do monumento. Ao longo do tempo mais forem sendo feitas, sendo que a última, em 1999, permitiu ao castelo ostentar novamente o brilho que sempre lhe foi característico.
O Castelo de Porto de Mós está classificado, desde 1910, como Monumento Nacional.


entrada de Porto de Mós


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