Segunda feira 23 de Julho, mais uma vez pelo fresco da manhã, cruzei a Nac. 125, para norte e quando dei por mim andava numa pequena povoação chamada Santa Rita, pelo caminho ainda avistei as famosas "noras", o tal sistema de captação de água muito típico nesta região, sistema herdado dos árabes, esta é sem dúvida das maiores e mais bem conservadas, das que tenho visto.
Mais à frente também duas das árvores mais representativas do Algarve, a amendoeira e a alfarrobeira, sem dúvida uma paisagem constante por estas bandas.
Igreja de Santa Rita
mais uma nora
uma das heranças dos árabes
este mecanismo ainda está bem conservado
faltam aqui os baldes
uma árvore majestosa a alfarrobeira
A alfarrobeira é originária da região
mediterrânica que atinge cerca de 10 a 20 m de altura, o seu fruto a alfarroba, também é pode ser chamada
de figueira-de-pitágoras e figueira-do-egipto.
Há quem defenda que as suas sementes foram
usadas, no antigo Egipto, para a
preparação de múmias, tendo sido encontrados
vestígios de suas vagens em túmulos.
Pensa-se que a alfarrobeira terá sido trazida
pelos gregos da Ásia Menor. Existem indícios de que os romanos mastigavam as suas vagens
secas, muito apreciadas pelo seu sabor adocicado. Como outras, a planta teria
sido levada pelos árabes para o Norte de
África, Espanha e Portugal
A semente da alfarrobeira foi utilizada como medida para pesar diamantes. A unidade quilate era o peso de uma semente.
Do fruto da alfarrobeira tudo pode ser aproveitado, embora a sua
excelência esteja ainda ligada à semente, donde é extraída a goma, constituída por hidratos de carbono, complexos (galactomananos),
que têm uma elevada qualidade como espessante,
estabilizante e emulsionante de múltiplas utilizações na
indústria alimentar, farmacêutica, têxtil e cosmética.
A polpa -
tem sido essencialmente utilizado na alimentação animal, e ainda devido ao seu
sabor e características químicas e dietéticas é aproveitada para preparações
culinárias.
Amendoeira
originária da Ásia Menor e Nordeste de África, cultivou-se desde a Antiguidade em volta do mar Mediterrâneo, habitando em lugares rochosos, bordos de estradas, limites de campos cultivados e terrenos de cultivo. Em Portugal, a cultura desta espécie é particularmente favorecida nos vales do Alto Douro e Algarve.
As amêndoas são utilizadas normalmente para fins culinários e terapêuticos. O óleo de amêndoa é também utilizado na cosmética. As sementes de amendoeira contêm, como outras sementes de plantas do género Prunus, uma substância que produz ácido cianídrico, em teor elevado nas amêndoas amargas, que pode causar graves perturbações. A ingestão de 10 - ou até menos – amêndoas cruas, naquelas condições, pode causar graves perturbações e a ingestão de vinte pode ser fatal.
amêndoas
o que me pareceu ser uma espécie de calçada romana
linha do Algarve