terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Apostiça até à Fonte da Telha
sábado, 18 de fevereiro de 2012
POMBALINHO / BOIÇAS
NORA
Introduzida pelos árabes, a Nora é um engenho ou aparelho para tirar água de poços ou cisternas. É constituída por uma roda com pequenos reservatórios ou alcatruzes em que o engenho está todo a descoberto e o animal trabalha num círculo à volta da nora, geralmente no sentido dos ponteiros do relógio, embora a da nossa quinta gire no sentido inverso.
As noras de tirar água são instrumentos fixos e circulares usados para captar a água do subsolo para, posteriormente, ser utilizada nas culturas de regadio.
Compostas por uma roda que faz mover a corda, ou cadeia metálica, a que estão presos alcatruzes – baldes que transportam a água – as noras mouriscas conduziam a água às partes mais elevadas dos terrenos cultivados. Estas eram accionadas por mulas, burros, machos ou vacas de trabalho que se deslocavam de olhos vendados num movimento circular à volta do engenho. Possui uma haste horizontal acoplada a um eixo vertical que por sua vez está ligado a um sistema de rodas dentadas. Este sistema faz circular um conjunto de alcatruzes entre o fundo do poço e a superfície exterior. Os alcatruzes descem vazios, são enchidos no fundo do poço, regressam e quando atingem a posição mais elevada começam a verter a água numa calha que a conduz ao seu destino. O ciclo de ida e volta dos alcatruzes ao fim do poço para tirar água mantém-se enquanto se fizer rodar a haste vertical e o poço tiver água.
Tradicionalmente as noras são engenhos de tracção animal. Estes engenhos vieram em muitos casos substituir a picota ou cegonha anteriormente utilizados como engenhos principais para tirar água na Península Ibérica onde se pensa que tenham sido introduzidos pelos árabes.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
AZEITÃO CHICO DAS SAIAS PICHELEIROS QTªPARAISO MOINHO DO CUCO 10FEV2012
Designa-se hoje Mata Nacional da Machada, a propriedade constituída pelo antigo Pinhal de Vale de Zebro e pela Quinta da Machada.
A Quinta da Machada pertencia ao “Convento de Nossa Senhora da Luz da Ordem de Cristo”, porém quando foram extintas as Ordens Religiosas em 1834 foi adquirida por um particular, sendo mais tarde aforada ao Estado que a anexou ao Pinhal de Vale de Zebro.
Encontra-se situada no centro da Península de Setúbal, entre as povoações de Coina, Palhais e Santo António da Charneca. Sujeita a Regime Florestal esta Mata encontra-se hoje, sob a gestão da Direcção Regional de Agricultura do Ribatejo e Oeste e ocupa uma área com cerca de 385,7 hectares.
Sendo a única área florestal de razoável dimensão do Concelho, a Mata é considerada o “Pulmão da Cidade” e um local privilegiado para actividades de recreio e lazer, dispõe de um parque de merendas e diversos fontanários, para além de um Centro de Educação Ambiental e de uma rede de estradas e caminhos frequentemente utilizados para práticas desportivas, permitindo à população uma melhor qualidade de vida.
IGREJA DE SÃO LOURENÇO - V.N-AZEITÃO
A Igreja de São Lourenço, em Vila Nogueira de Azeitão, Setúbal, é um templo de fundação medieva, gótica, da qual hoje nada resta.
O que chegou até nós foi uma igreja rural, com azulejos do Sec. XVIII e um belíssimo painel de «majólica italiana» do Sec. XVI. Importantes também a talha e as pinturas da capela-mor. Uma das peças mais antigas é a pia baptismal, de meados do século XVI, com características manuelinas, e talhada de uma só peça de brecha da Arrábida. Do século XVIII é o altar-mor, cujo retábulo de talha ladeia uma tela representando a última ceia.
Provavelmente a pedido de José Maria da Fonseca, o Professor António Nunes de Carvalho, enquanto Director dos Arquivos Nacionais, copiou alguns acentos relativos à Quinta Conde. No final dessa relação, que se encontra no arquivo da Família de José Maria da Fonseca, este escreveu: Extraído dos registos da Torre do Tombo pelo cuidado e favor do meu particular amigo o Dr. António Nunes de Carvalho, quando foi Guarda-mor daquele estabelecimento. Lisboa 12 de Janeiro de 1840.
O sucesso da empresa de José Maria da Fonseca justificou em 1856 a mais alta condecoração portuguesa atribuída por D. Pedro V: Cavaleiro da Ordem da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.
Na descrição predial da Quinta do Conde, em 1867, é referida uma hipoteca pela quantia de vinte e cinco contos de réis.
Sofia Augusta da Fonseca Barros, a única filha de José Maria da Fonseca, foi quem herdou a Quinta do Conde, após a morte do pai, ocorrida a 26 de Março de 1886. Era casada com Henrique da Gama Barros um historiador de renome, que estava a preparar a edição da História da Administração Pública em Portugal. Alheios aos problemas da agricultura e ao negócio do vinho, recorreram ao arrendamento da empresa e das propriedades. Em 20 de Outubro de 1892, hipotecaram a Quinta do Conde à Companhia Geral do Crédito Predial Português, em troca do empréstimo de 14.580$000. Esta hipoteca foi cancelada a 8 de Março de 1904. Henrique da Gama Barros já era viúvo, quando a 29 de Agosto de 1925.Henrique da Fonseca Barros, filho do anterior casal, tomou posse da Quinta do Conde em 1908, após a morte da mãe. Henrique da Fonseca Barros estudou ciências e matemáticas e casou com Antónia Soares Franco.
Em 1883, concorreu ao lugar de lente substituto de matemática da Escola Politécnica de Lisboa, mas, por ter preterido, abandonou definitivamente a carreira de ciências e matemáticas que tinha projectado e dedicou-se à agricultura. Faleceu em 10 de Maio de 1945, sem ter deixado herdeiros directos. Cristina de Barros Pitta e Castro e Sofia da Piedade de Barros Pitta Avilez, primas de Henrique da Fonseca Barros foram declaradas legítimas herdeiras e coube à primeira a Quinta do Conde, assim descrita na escritura de partilhas efectuada em 1951: Consta de casas nobres de habitação, celeiros, adegas, lagares, abegoarias, palheiros, casa de malta e mais pertenças, terras de semeadora, vinhas quase todas de recente plantação, pinhais, matos e árvores frutíferas. Cristina de Barros Pitta e Castro foi casada com João Filipe de Meneses Pitta e Castro - falecido a 31 de Março 1896 - era filha de Manuel Nicolau de Bettencourt Pitta e de Sofia da Gama Barros Pitta. Faleceu a 10 de Agosto de 1963, e a Quinta do Conde passou para a posse dos filhos.
Maria José Correia Vieira Peixoto Villas Boas de Meneses Pitta e Castro, nora, viúva do filho José de Meneses Pitta e Castro (filho) e Maria Isabel Leps Meneses Pitta e Castro (esposa do filho); Maria José de Meneses Pitta e Castro da Penha e Costa (filha), foram os herdeiros de Cristina de Barros Pitta e Castro, a quem coube em 1963 a Quinta do Conde. Posteriormente, Maria José de Meneses Pitta e Castro Vieira e Peixoto Villas Boas faleceu e foi substituída em 31 de Maio de 1972, por Maria Teresa de Meneses Pitta e Castro Vieira Peixoto de Villas Boas de Meireles.
Perfil de altitude (altimetria)
Diferenças de Altitudes
198 Meter (Altitude desde 1 Meter para 199 Meter)
Subida acumulada 555 Meter
Descida acumulada 554 Meter
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
domingo, 5 de fevereiro de 2012
PEDREIRAS - SESIMBRA
Perfil de altitude (altimetria)
Diferenças de Altitudes
292 Meter (Altitude desde 15 Meter para 307 Meter)
Subida acumulada 838 Meter
Descida acumulada 838 Meter
Dry Drill -Bikes à medida
DryDrill. Bicicletas feitas à medida
Não há como não invejar esta "coleção" de bicicletas. Henrique Pinho, 41 anos, tem oito destas em casa. Todas dele. Serviram para a sessão fotográfica da Dry Drill, empresa fundada por Henrique em 2011, na Rua Oliveira Monteiro, no Porto. Não se trata de uma coleção no verdadeiro sentido da palavra. Entre Madrid, Milão e Berlim, Henrique viu muita gente acompanhada nas ruas.
"Não era só uma bicicleta. É uma pessoa com o seu acessório. Fiquei surpreendido. Comecei a debruçar-me sobre o suporte com design, uma indústria pesada e com muitas pessoas envolvidas num processo extremamente criativo", conta.
Licenciado em Arquitetura, Henrique trabalhou cinco anos na Salsa, como responsável pelo desenho de todas as lojas da marca. Depois da saída da empresa, em 2005, o arquiteto decidiu voltar a estudar - fez o mestrado em Marketing e Retail Management, no ISCTE -, enquanto continuava a trabalhar como freelancer no projeto Factory (mais tarde transformado em The Style Outlets), em Vila do Conde. "Usei o meu know-how, numa espécie de visão de helicóptero. Já percebia o conceito de lojista e sabia que produtos funcionam sempre."
As calças de ganga continuam a servir de comparação, mesmo quando fala sobre o negócio das bicicletas. "Não quero vender as primeiras calças de ganga. Quero vender umas calças de ganga com tecido japonês, com um corte especial e a pessoas que já têm 20 pares de calças de ganga em casa. E para toda Europa, porque o meu objetivo é claramente internacional."
Durante um ano pensou num negócio próprio, depois de abandonar a Tiffosi - onde dirigiu o departamento de marketing da marca -, e em setembro de 2010 foi à Eurobike, a maior feira do setor das bicicletas, na Alemanha, e ficou "de boca aberta". Investiu 50 mil euros de capitais próprios na Dry Drill, uma marca de bicicletas Fixie personalizadas e feitas por encomenda.
"Sou um teimoso por natureza e decidi fazer algo especial. Procurei parceiros. Portugal deixou-se atrasar, distraiu-se. As pessoas ficam a olhar, de boca aberta, porque julgam que não conseguem fazer o mesmo que se faz no estrangeiro. Todos os dias pensava: "Vou desistir." Mas depois vem o sentimento contrário. "Desistir não faz parte do meu vocabulário."
O investimento exclusivo em capitais próprios está relacionado com dois fatores: o atual difícil acesso ao crédito e a vontade de não fazer depender a empresa da vontade de qualquer banco ou do próprio Estado, através da atribuição de um subsídio. "Para ganhar dinheiro é preciso arriscar dinheiro. Por isso, claro que é preciso tê-lo", defende.
Apesar de as fábricas de Taiwan serem responsáveis pela maior parte da produção mundial de bicicletas (produzem vários milhões por ano; aliás, uma fábrica que não produza pelo menos mil bicicletas por dia não considera a produção aliciante), as empresas exigiam o cumprimento de uma série de requisitos. "Em janeiro de 2011 comecei a receber amostras. Na Europa produz-se muito pouco e as fábricas de Taiwan exigem dois meses para produção e outros dois para transporte. Além de encomendas de pelo menos um contentor - o que, à parte de ser um investimento incomportável não dá garantia de entrega rápida ao cliente. Esse regime era impossível para mim, não podia estar a trabalhar com tal investimento. Fui mais radical: perante os obstáculos - e ainda bem que eles apareceram -, repensei o negócio."
Decidiu então dedicar o projeto à produção e venda de apenas dois elementos da bicicleta, o quadro e as rodas, porque "todos os outros elementos estão disponíveis na Internet ou em qualquer loja. O difícil é escolher", garante. E encontrou na Órbita e na Sangal os parceiros ideais.
A Dry Drill vende quadros (a estrutura) e rodas de bicicletas em 12 cores diferentes. Uma bicicleta pode demorar até 15 dias a chegar a qualquer morada europeia, desde o momento em que é feita a encomenda. "O cliente é que manda. Não tenho prateleiras com dez quadros vermelhos. Estão em bruto para não haver deterioração do aço e são pintados após a encomenda. É, digamos, um fato feito à medida." Ao mesmo tempo, Henrique diz querer desenvolver um "nicho de produção artesanal de bicicletas, tanto para as marcas como para os consumidores". "Este é um processo tão viciante que não se consegue deixar de o fazer. Pode haver outras parecidas, mas como estas não existem."
Com perspetivas de faturar 400 mil euros em 2012, o arquiteto decidiu investir sozinho na empresa. "Estava na altura de fazer algo português que me fizesse sentir que vale a pena estar cá. Isto não é a minha crise dos 40. É, antes, a minha aposta para os próximos 40 anos."
Sozinho na gestão e no desenvolvimento do produto da Dry Drill, Henrique conta com a ajuda dos parceiros de produção e com a colaboração de fotógrafos e produtores de moda, para lançar a marca. "São pessoas que dissolvem o peso do desenvolvimento da empresa. A Dry Drill é um cluster de empresas da mesma geração, empenhadas no sucesso e que acreditam que este é o modelo do futuro."
Quanto ao uso da bicicleta como veículo de transporte comum, Henrique acredita que o processo vai ser rápido. "O terreno não é uma condição para a utilização da bicicleta. Os portugueses continuam a associá-la a um veículo de gente pobre. Mas é uma postura que vai mudar. Em breve, usar a bicicleta vai ser uma coisa vulgar. Não sou o primeiro nem o único, mas criei uma marca minha para brincar com isto das cores nas bicicletas."
Veja aqui o vídeo da DryDrill.
Retrato
Henrique Pinho é o único sócio da DryDrill e investiu 50 mil euros na criação da empresa, em 2011. O valor vai duplicar este ano. O investimento total foi feito com capitais próprios. A DryDrill trabalha com duas fábricas na produção de quadros e rodas: Órbita e Sangal. Independentemente da cor, cada quadro de bicicleta custa 380€. As rodas variam entre 140€ e 160€. www.drydrill.com
"In:28/01/2012 | 00:52 | Dinheiro Vivo"