segunda-feira, 20 de agosto de 2012

BARRAGEM DE BELICHE - CASTRO MARIM

24 de Julho, depois de uma manhã de praia, há que descobrir a rota que me levará à barragem de Beliche, não muito longe de Castro Marim.Apesar de eu ter iniciado o percurso por um caminho do lado oposto, foi ali perto da praia do cabeço (vulgo Retur), até que sem querer e uns quilómetros mais à frente me cruzei com a primeira placa a indicar a direcção daquela bonita albufeira.Daí até lá foi um constante sobe e desce avistando sempre lá longe o mar e do outro lado a ponte internacional do Guadiana. Destaque para as pequenas aldeias isoladas nos montes, apesar de tudo sempre bem sinalizadas, mas igualmente desertas, reflexo do abandono que se tem imposto ao interior do país, infelizmente é uma realidade.Outra ainda mais triste e severa é a dos incêndios, bem patente na povoação de Junqueira, ali próximo de Castro Marim, cujas habitações estiveram em risco. 


rotunda próxima da Aroeira

Monte Gordo lá bem ao fundo
um oásis no meio das serras

rotunda antes de Pisa Barro de Cima
geodésico próximo de Pisa Barro de Cima na Est.M1132-1
até à barragem era mais um pequeno esforço
outrora mais útil
agora pouco mais de que uma recordação




estas águas são deslumbrantes



A Barragem do Beliche está localizada no concelho de Castro Marim, numa secção da ribeira e Beliche a montante da localidade de Beliche, a sua bacia hidrográfica tem uma área de 99 km².
As barragens de Odeleite e Beliche fornecem a água do aproveitamento hidráulico Odeleite-Beliche, destinado ao abastecimento às populações e ao regadio dos concelhos do Sotavento Algarvio.
Este aproveitamento hidráulico serve uma população estimada em 800.000 habitantes, dos quais 250.000 correspondentes à população residente e 550.000 correspondentes à população flutuante, e a rega de 8600 ha de solos agrícolas.
O túnel Odeleite-Beliche garante a interligação e exploração conjunta das duas albufeiras.


no paredão e capaz de mergulhar
garanto-vos que estava a uma tempertaura muito boa
como estamos no verão a cota de água logicamente está mais baixa

Beliche

já teve melhores dias


percursos pedestres e btt 
sobre esta matéria
fica um link bastante interessante



 freguesia da Junqueira, marcada pelos incêndios de há dias 

para os amantes do golf
lá está ela imponente
deixando Castro Marim em direcção a VRSA

sábado, 18 de agosto de 2012

SANTA RITA

Segunda feira 23 de Julho, mais uma vez pelo fresco da manhã, cruzei a Nac. 125, para norte e quando dei por mim andava numa pequena povoação chamada Santa Rita, pelo caminho ainda avistei as famosas "noras", o tal sistema de captação de água muito típico nesta região, sistema herdado dos árabes, esta é sem dúvida das maiores e mais bem conservadas, das que tenho visto.
Mais à frente também duas das árvores mais representativas do Algarve, a amendoeira e a alfarrobeira, sem dúvida uma paisagem constante por estas bandas.
 Igreja de Santa Rita



 mais uma nora
 uma das heranças dos árabes 
 este mecanismo ainda está bem conservado

 faltam aqui os baldes


 uma árvore majestosa a alfarrobeira
A alfarrobeira é originária da região mediterrânica que atinge cerca de 10 a 20 m de altura, o seu fruto a alfarroba, também é pode ser chamada de figueira-de-pitágoras e figueira-do-egipto.
Há quem defenda que as suas sementes foram usadas, no antigo Egipto, para a preparação de múmias, tendo sido encontrados vestígios de suas vagens em túmulos.
Pensa-se que a alfarrobeira terá sido trazida pelos gregos da Ásia Menor. Existem indícios de que os romanos mastigavam as suas vagens secas, muito apreciadas pelo seu sabor adocicado. Como outras, a planta teria sido levada pelos árabes para o Norte de África, Espanha e Portugal
semente da alfarrobeira foi utilizada como medida para pesar diamantes. A unidade quilate era o peso de uma semente.
Do fruto da alfarrobeira tudo pode ser aproveitado, embora a sua excelência esteja ainda ligada à semente, donde é extraída a goma, constituída por hidratos de carbono,  complexos (galactomananos), que têm uma elevada qualidade como espessante, estabilizante  e emulsionante de múltiplas utilizações na indústria alimentar, farmacêutica, têxtil e cosmética.
A polpa - tem sido essencialmente utilizado na alimentação animal, e ainda devido ao seu sabor e características químicas e dietéticas é aproveitada para preparações culinárias.
Amendoeira
 originária da Ásia Menor e Nordeste de África, cultivou-se desde a Antiguidade em volta do mar Mediterrâneo, habitando em lugares rochosos, bordos de estradas, limites de campos cultivados e terrenos de cultivo. Em Portugal, a cultura desta espécie é particularmente favorecida nos vales do Alto Douro e Algarve.
As amêndoas são utilizadas normalmente para fins culinários e terapêuticos. O óleo de amêndoa é também utilizado na cosmética. As sementes de amendoeira contêm, como outras sementes de plantas do género Prunus, uma substância que  produz ácido cianídrico, em teor elevado nas amêndoas amargas, que pode causar graves perturbações. A ingestão de 10 - ou até menos  amêndoas cruas, naquelas condições, pode causar graves perturbações e a ingestão de vinte pode ser fatal.


 amêndoas
 o que me pareceu ser uma espécie de calçada romana
linha do Algarve

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

EN 122 E MATA DE VILA REAL 21JUL12

Este foi o primeiro dia em que não me apeteceu levantar cedo, optei por ir rolar depois de almoço, fiquei a saber que o calor algarvio ainda por cima na estrada não é para brincadeiras.A ideia era ir até à barragem de Beliche, cheguei apenas perto, a tempertura estava insuportável, ainda deu para registar uma parte pequena diga-se de passagem, da zona que os terríveis incêndios devastaram.Decidi regressar, andei por Vila Real e sua esplendorosa mata, o empeno foi duro apenas porque ao calor era bastante.


 uma pequena reserva de água visível da E.N.122

 o Guadiana lá ao fundo

 um dos muitos pomares de alfarrobeiras
 o regresso a Vila Real

 salinas em Castro Marim

 Monte Gordo

 um dos estradões existentes na mata de Vila Real
 Rio Guadiana
 Espanha ali mesmo à mão
marina de Vila Real