segunda-feira, 16 de abril de 2012

SANTARÉM II

Igreja de Santa Maria de Marvila

Situada no largo conhecido anteriormente como Praça Nova, onde se localizavam os Paços do Concelho na Idade Média, em pleno centro histórico da cidade. A igreja, que remonta à reconquista cristã, era uma das mais importantes da antiga vila. O templo atual, representativo do manuelino e renascimento, é fruto das várias campanhas construtivas que foi sofrendo ao longo do tempo. Classificada Monumento Nacional desde 1917.

A igreja resulta, provavelmente, da refundação de uma antiga mesquita da medina islâmica de Santarém, dos tempos da reconquista cristã, sendo depois entregue à Mitra de Lisboa, no tempo do bispo D. Gilberto. Mais tarde, em 1159, a posse do templo foi doada por D. Afonso Henriques à Ordem dos Templários. A paróquia aqui sediada era considerada a mais importante da vila, tendo a igreja sido elevada a colegiada em 1244, por reforma do bispo de Lisboa, D. Aires Vasques, tomando a designação de Colegiada de Santa Maria de Marvila. Este nome provém, ao que tudo indica, de uma imagem (hoje desaparecida) ofertada por São Bernardo no século XII, Nossa Senhora das Maravilhas, denominação que, por deturpação popular, gerou o vocábulo Marvila, o atual orago é Nossa Senhora da Assunção.

Na sequência da sua cristianização, a igreja foi totalmente reconstruída em meados do Séc. XIII, adquirindo então uma aparência gótica da qual já muito pouco resta na atualidade. No entanto, a intervenção mais marcante haveria de ser levada a cabo na primeira metade do século XVI, quando sob o patrocínio do Vice-Rei da Índia, D. Francisco de Almeida, a igreja foi ampliada e totalmente reformada. Esta campanha construtiva, que estaria concluída em 1530, conferiu a atual configuração manuelina ao templo, datando desta mesma época o portal principal, os arcos interiores, a cabeceira e a torre primitiva. Na sequência do terramoto de 1531, no reinado de D. João III, de cunho renascentista, efetuou a reforma geral do interior. Em 1573, reuniu-se na igreja o Capítulo Geral da Ordem de Cristo, presidido pelo rei D. Sebastião.

Na primeira metade do Séc.XVII, regista-se uma nova intervenção, de cunho maneirista, a cargo dos mestres Francisco Coelho e Sebastião Domingues, de que é exemplo o Calvário que tapa um dos óculos. Ainda neste período foi levada a cabo a campanha de aplicação dos azulejos das capelas da cabeceira e da capela-mor, entre 1617 e 1620, e das naves laterais, entre 1635 1639. Este riquíssimo património azulejar justifica o epíteto de catedral do azulejo pelo qual o templo é conhecido. Ainda desta intervenção datam o retábulo pictórico executado pelo pintor Simão Rodrigues, do qual apenas resta a tela sobre o arco triunfal, a pintura da abóboda da sacristia, em 1960, e a construção do retábulo em talha dourada do alta- mor, em 1700. Este último perder-se-ia durante as Invasões Francesas.

Em 1876, a torre sineira manuelina, com planta circular e rematada por um coruchéu piramidal com gárgulas, foi demolida, dando lugar à atual, integrada na fachada. A torre primitiva era rasgada, na sua secção inferior, por dois arcossólios góticos, nos quais se enquadravam os túmulos de Gonçalo Gil Barbosa e de Francisco Barbosa. Em 1902, foi transferido para aqui o órgão da Igreja de Santa Clara, que tinha sido executado em 1817 pelo mestre organeiro António Xavier Machado e Cerveira.

IGREJA DE SÃO JOÃO DE ALPORÃO

A Igreja de São João de Alporão está localizada na freguesia de Marvila, Santarém. Junto à Torre das Cabaças, em pleno centro histórico da cidade, sendo um dos seus monumentos mais emblemáticos. Este templo, provavelmente o melhor exemplar da arte românica no sul do país, data do século XII, pertenceu à Ordem dos Hospitalários. Foi profanado no século XIX, acolhendo actualmente o núcleo de arqueologia do Museu Municipal de Santarém. Classificado de Monumento Nacional desde 1910.

Nos Séc.XIII / XIV, a igreja integrava um complexo monacal situado junto da porta de Alpramou de Alporão, denominado Mosteiro de São João do Hospital, pensa-se que uma das funções do templo junto à porta teria sido a de proteger o acesso militar à cidade pelo lado nascente e vigiar a entrada de judeus na cidade, de acordo com as regras estabelecidas entre os cristãos e aquela minoria étnica. A fundação deste templo deve-se, à Ordem de São João do Hospital, cuja fixação na então vila se deu entre 1159 e 1185. O período exacto de construção da igreja é desconhecido, apesar de não restarem dúvidas de ocorreu nas últimas décadas do Séc. XII. A campanha artística continuou para lá da construção, conforme se denota na forte presença de elementos característicos do estilo gótico, nomeadamente na cabeceira.

A igreja era inicialmente ladeada por uma pesada torre românica circular, que flanqueava a fachada lateral a norte, que reforçava o carácter fortificado do conjunto. Esta torre foi demolida em 1785 para permitir a passagem do coche real de D. Maria I, numa visita efetuada por esta soberana à então vila de Santarém. Com a extinção das ordens religiosas masculinas, em 1834, a igreja foi profanada e passou a servir de teatro, até que, em 1877, aqui foi instalado o Museu Distrital de Santarém, antecedente do atual núcleo museológico.

uma das famosas rosaceas

Portas de Sol

A esfera armilar (nas portas de sol)
Instrumento de astronomia aplicado em navegação. A esfera armilar foi desenvolvida ao longo dos tempos por inúmeros povos que habitavam o lado asiático e os seus registos constam em pinturas de cerâmica e documentos que os chineses durante o século I A.C. já (Dinastia Han) se conheciam a esfera armilar, sabe-se também, que nessa época, um astrônomo chinês Zhang Heng considerado a primeira pessoa a usar engrenagens e mecanismos de articulação hidráulicas no eixo da esfera armilar para reproduzir os movimentos da mecânica celeste para fins didáticos, entretanto o nome do instrumento vem do latim armilla ("bracelete"), visto que tem um esqueleto feito de anéis concêntricos articulados nos polos com escala de graduações e outros perpendiculares representando o equador, a eclíptica , indicando o curso do sol em relação as estrelas de fundo para os 365 dias do ano, os meridianos e os paralelos.
Tejo e Ponte D. Luís I, vistos das Portas de Sol
Ponte D. Luís I

A Ponte D. Luís I também chamada Ponte de Santarém sobre o rio Tejo, une Santarém a Almeirim, inaugurada em 17 de Setembro de 1881 e foi considerada na altura, a maior da Península Ibérica, a terceira da Europa e a sexta do Mundo, ficando como um dos exemplares da arquitectura do ferro.

Tinha um comprimento total de 1 213 metros, uma largura de 6 metros a altura de 22 metros

D. Afonso Henriques
banco de ajulejo nas Portas de Sol
homenagem aos combatentes mortos na grande guerra

IGREJA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DO COLÉGIO DOS JESUÍTAS

A Igreja de Nossa Senhora da Conceição do Colégio dos Jesuítas, conhecida por Igreja do Seminário, exactamente no Largo Do Seminário, em pleno centro histórico de Santarém. Templo jesuíta, do Séc. XVII, erigido no local onde se encontrava o Paço Real da Alcáçova Nova, abandonado desde o tempo de D. João II. Com a expulsão dos jesuítas de Portugal, ordenada pelo Marquês de Pombal, passou a acolher o Seminário Patriarcal, tendo assim permanecido até ao Séc. XX.A igreja foi elevada a Sé Catedral, aquando da criação da Diocese de Santarém, em 1975.

Moço fidalgo da Casa Real, par do reino, ministro de Estado, Marechal de Campo, director da Escola do Exército, presidente do conselho ultramarino; sócio benemérito da Academia Real das Ciências, nascido em Santarém a 26 de Setembro de 1795, faleceu em Lisboa a 6 de Janeiro de 1876

Igreja de Nossa Senhora da Piedade
Situada no centro histórico de Santarém, onde antigamente se erguia a Porta de Leiria. Este templo, característico da transição entre o maneirismo e o barroco, data do Séc.XVII erigido em sinal de agradecimento pela vitória portuguesa na Batalha do Ameixial. Esteve integrado no Convento de Nossa Senhora da Piedade até à extinção das ordens religiosas, em 1834.
Este rei pretendia agradecer o Milagre de Nossa Senhora da Piedade, ocorrido em 11 de Julho de 1663, e que viria a contribuir, segundo a crença popular e religiosa, para a vitória na Batalha do Ameixial. No local em que o templo foi erigido existia uma primitiva ermida, a Capela de Nossa Senhora de Guadalupe, fundada em 1611 pelo religioso capucho Afonso da Piedade, que foi integrada no novo edifício, passando a servir como capela-mor. Ainda neste local, situava-se a Porta de Leiria, uma das portas mais importantes da cintura de muralhas da antiga vila, que foi integrada numa das paredes da igreja. As obras do novo templo, que seguiram um projecto traçado pelo arquitecto régio João Nunes Tinoco, só estariam terminadas em 1691, já no reinado de D. Pedro II.
A igreja, que havia sido cedida aos frades agostinhos descalços em 1688, para que aqui estabelecessem o seu convento, só foi entregue a estes religiosos sete anos mais tarde, em 1695. A partir de 1688, as obras passaram a ser dirigidas por Roque Monteiro Paim, tendo a cúpula sido desenvolvida segundo o risco do mestre Jácome Mendes. Devido ao arrastar das obras, a cúpula só seria definitivamente fechada em 1721. O órgão data de 1795, tendo sido executado por Joaquim António Peres Fontanes.
Em 1834, a parte conventual do conjunto foi vendida, passando a servir como casas de habitação. A igreja, que seria reaberta ao culto em 1840, acolheu a sede da paróquia do Salvador de 1846 até 1869, quando voltou a ser a capela particular da Irmandade de Nossa Senhora da Piedade.
ponte romana entre a Portela
e a Póvoa de Santarém
a nossa antiga ponte do Fernão Leite, ou também "ponte-de-pau"
as minhas origens


sexta-feira, 13 de abril de 2012

VILA NOVA DA BARQUINHA

No final do mês de Abril, vou até à Vila Nova da Barquinha, participar na Meia Maratona "Trilhos do Almourol".
Numa ante visão e tentativa de conhecer a zona e alguns trilhos, aproveitando as férias de Páscoa na minha terra, juntamente como amigo David, fomos até aquela bonita zona, no passado dia 01 de Abril.
Neste dia havia também o 5 BTT Páscoa Viva / 1 Troféu Luís Rodrigues - Bombeiros da Barquinha
e uma outra prova de atletismo do CLAC do Entroncamento, ambas passavam no percurso da prova de dia 29, o que fez com que ainda nos infiltramos (sem querer) uns metros na prova de btt, e cruzámo-nos com um elemento da organização da prova de atletismo, que de vinha a fazer o reconhecimento antes à frente da prova e se queixou de que alguém tinha retirado cerca de 1km de fita das marcações, enfim é pena que alguém se dedique a destruir o trabalho alheio.
Como não conhecíamos o percurso na totalidade, só descobrimos alguns singles baptizados pela malta do G.C.B., bastante agradeis diga-se de passagem, mas deu para "sentir" o terreno da zona e gozar a vista junto ao Castelo de Almourol, sempre muito bonita.


igreja na Moita do Norte

um dos Trilhos do pessoal do GCB, para a prova dia 29 ABR


zona de tancos

outro trilho da prova

traseiros da Brigada de Reacção Rápida

pássaro ferido

andava por ali uma avioneta a largar dois de cada vez


aqui é o limite do concelho de Vila Nova da Barquinha

Escola de Tropas Aerotransportadas

traseiras da E.Prática de Engenharia

uma ponte militar

apeadeiro de Almourol


O Castelo de Almourol, no Ribatejo, localiza-se na Freguesia de Praia do Ribatejo, Concelho de Vila Nova da Barquinha, Distrito de Santarém, embora a sua localização seja frequentemente atribuída a Tancos, visto ser a vila de onde se vislumbra melhor.
Erguido num afloramento de granito a 18 m acima do nível das águas, numa pequena ilha de 310 m de comprimento por 75 m de largura, no médio curso do rio Tejo, um pouco abaixo da sua confluência com o rio Zêzere, à época da Reconquista integrava a chamada Linha do Tejo, actual Região de Turismo dos Templários. Constitui um dos exemplos mais representativos da arquitectura militar da época, evocando simultaneamente os primórdios do reino de Portugal e a Ordem dos Templários, associação que lhe reforça a aura de mistério e romantismo. Com a extinção da Ordem do Templo o castelo de Almourol passa a integrar o património da Ordem de Cristo (que foi a sucessora em Portugal da Ordem dos Templários).

À época da Reconquista Cristã da Península Ibérica, quando esta região foi ocupada por forças portuguesas, Almourol foi conquistado em 1129 por D.Afonso Henriques (1112-1185). O soberano entregou-o aos cavaleiros da Ordem dos Templários, então encarregados do povoamento do território entre o rio Mondego e o Tejo, e da defesa da então capital de Portugal, Coimbra.
Nesta fase, o castelo foi reedificado, tendo adquirido, em linhas gerais, as suas atuais feições, características da arquitectura templária: espaços de planta quadrangular, muralhas elevadas, reforçadas por torres adossadas, dominadas por uma torre da menagem. Uma placa epigráfica, colocada sobre o portão principal, dá conta que as suas obras foram concluídas em 1171, dois anos após a conclusão do Castelo de Tomar.
Sob os cuidados da Ordem, constituído em sede de uma Comenda, o castelo tornou-se um ponto nevrálgico da zona do Tejo, controlando o comércio de azeite, trigo, carne de porco, frutas e madeira entre as diferentes regiões do território e Lisboa. Acredita-se ainda que teria existido uma povoação associada ao castelo, em uma ou em ambas as margens do rio, uma vez que, em 1170, foi concedido foral aos seus moradores.
Com o avanço da reconquista para o sul e a extinção da Ordem dos Templários em 1311 pelo Papa Clemente V durante o reinado de D. Dinis (1279-1325), a estrutura passou para a Ordem de Cristo, vindo posteriormente a perder importância, tendo sofrido diversas alterações.







Vítima do terramoto de 1755, a estrutura foi danificada, vindo a sofrer mais alterações durante o romantismo do Séc. XIX. Nessa fase, e obedecendo à filosofia então corrente de valorizar as obras do passado à luz de uma visão ideal poética, o castelo foi alvo de adulterações de índole decorativa, incluindo o coroamento uniforme das muralhas por ameias e merlões.
O castelo foi entregue ao Exercito Português na segunda metade do Séc. XIX, sob a responsabilidade do comandante da Escola Prática de Engenharia de Tancos, a que está afecto até aos nossos dias.
No Séc. X foi classificado como Monumento Nacional de Portugal por Decreto de 16 de Junho de 1910. À época do Estado Novo português o conjunto foi adaptado para Residência Oficial da República Portuguesa, aqui tendo lugar alguns importantes eventos oficiais. Para esse fim, novas intervenções foram promovidas nas décadas de 1940 e de 1950, reforçando aspectos de uma ideologia de nacionalidade cultivada pelo regime à época.
No início de Junho de 2006 foram inaugurados dois novos cais para embarcações turistas: um na margem direita do riuo Tejo e outro na zona Sul da ilha.

bonita vista para Tancos

cais do Arripiado

Arripiado


mais um dos trilhos para dia 29 Abril

Tancos



cais de Tancos

igreja do Arripiado

estrada nac. 365 - Golegã

cá estamos nós em plena prova, sem dorsal claro,
grandes "emplastros"
Perfil de altitude (altimetria)
Diferenças de Altitudes
171 Meter (Altitude desde 12 Meter para 183 Meter)
Subida acumulada 753 Meter
Descida acumulada 752 Meter