sexta-feira, 17 de agosto de 2012

EN 122 E MATA DE VILA REAL 21JUL12

Este foi o primeiro dia em que não me apeteceu levantar cedo, optei por ir rolar depois de almoço, fiquei a saber que o calor algarvio ainda por cima na estrada não é para brincadeiras.A ideia era ir até à barragem de Beliche, cheguei apenas perto, a tempertura estava insuportável, ainda deu para registar uma parte pequena diga-se de passagem, da zona que os terríveis incêndios devastaram.Decidi regressar, andei por Vila Real e sua esplendorosa mata, o empeno foi duro apenas porque ao calor era bastante.


 uma pequena reserva de água visível da E.N.122

 o Guadiana lá ao fundo

 um dos muitos pomares de alfarrobeiras
 o regresso a Vila Real

 salinas em Castro Marim

 Monte Gordo

 um dos estradões existentes na mata de Vila Real
 Rio Guadiana
 Espanha ali mesmo à mão
marina de Vila Real

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

CASTRO MARIM

os benefícios de acordar cedo...


 Ponte Internacional do Guadiana


AH! Querem uma luz melhor que
a do Sol!
Querem prados mais verdes do que estes!
Querem flores mais belas do que estas
que vejo!
A mim este Sol, estes prados, estas flores contentam-me.
Mas, se acaso me descontentam,
O que quero é um sol mais sol
que o Sol,
O que quero é prados mais prados
que estes prados,
O que quero é flores mais estas flores
que estas flores -
Tudo mais ideal do que é do mesmo modo e da mesma maneira!

Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
Heterónimo de Fernando Pessoa

 moinho da maré
 salinas
 Colina 
do Revelim de Stº António
 Forte de S. Sebastião
O forte de São Sebastião de Castro Marim - assim denominado por ocupar o local o­nde anteriormente terá existido uma ermida dedicada a São Sebastião - é o melhor exemplo conservado do que foi o amplo processo de renovação do sistema defensivo da vila nos meados do século XVII.
A sua construção deve-se ao rei D. João IV, no âmbito das Guerras da Restauração com Espanha, e terá sido iniciado logo em 1641, o que prova a importância deste ponto do território. O projecto então posto em prática transformou o velho castelo medieval na praça militar mais importante de todo o Algarve, facto reforçado pela localização estratégica face à linha de fronteira.
A planta do forte adaptou-se ao cerro em que se implantou, definindo um recinto amuralhado irregular, que integra cinco baluartes e cuja porta principal está virada a Norte, precisamente na direcção do burgo e do castelo.
Esta relação de proximidade com o castelo de Castro Marim é um dos aspectos mais importantes das obras realizadas na vila no século XVII, na medida em que o novo sistema militar da localidade não prescindiu do antigo recinto muralhado, mas integrou-o na nova estrutura, constituindo-se, assim, uma complementaridade entre antigo e moderno que aqui adquire real expressão.


 jardim existente junto à Colina do Revelim de Stº António

Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Mártires 
No vale entre o Cerro do Cabeço e o castelo, surgiu no século XVI, uma Ermida denominada de Nossa Senhora dos Mártires, pela incapacidade da Matriz da vila, intra-muralhas, abrigar todos os fiéis. Esta Ermida foi visitada por diversas vezes, durante o século XVI, pela Ordem de Santiago, que tinha tido a sua sede no Castelo de Castro Marim entre 1319-1356, ano em que se trasladou para a vila de Tomar.
Após o terramoto de 1755, responsável pela destruição da Igreja Matriz de Santiago, foi esta Ermida tornada paroquial da vila, mandada construir pelo Lopo Mendes de Oliveira, Comendador da Ordem de Cristo e Alcaide deste Castelo.
Devido à sua pequenez foi mandada restaurar e ampliar entre os finais do século XVIII e inicio do século XIX, tendo as obras ficado concluídas em 1834, sob a responsabilidade do arquitecto João Lopes do Rosário.
É possuidora de vários exemplos de imaginária do século XVI e XVIII, em madeira, bem como retábulos no altar-mor e transepto em madeira marmoreada e polícroma.






porta do Castelo
a nossa bandeira


uma das desvantagens de ir cedo
burros
Estação de Castro Marim...ou o que resta dela

BREVE HISTÓRIA DE CASTRO MARIM
As populações que habitavam o espaço português conheceram, desde tempos muito remotos, a necessidade de se munirem de estruturas defensivas.
Está a vila de Castro Marim edificada sobre um monte do Castelo, umas das mais significativas inovações que a Idade Média introduziu na paisagem portuguesa, na margem direita do rio Guadiana.

A primeira fortaleza de Castro Marim deveria ter consistido num castro familiar ou de povoamento do período neolítico, levantado na coroa desse monte, devido à configuração topográfica e localização estratégica de Castro Marim, foi esta vila povoada por vários povos, entre eles, Fenícios, Cartagineses, Vândalos e Mouros, estes derrotados, aquando da conquista da vila por D. Paio Peres Correia em 1242.

Em 1277, D. Afonso III concedeu-lhe Carta de Foral com grandes privilégios para atrair população mais facilmente aquela zona, erguendo a cerca medieval, onde inicialmente, a vila se desenvolveu.
A vila cresceu, inicialmente, dentro das muralhas do castelo velho, de planta quadrangular, definido por quatro torriões cilíndricos nos ângulos e um pátio interno, com duas portas de acesso, uma a sul e outra  norte.
Mais tarde, no reinado de D. Dinis, compensando a perda de Ayamonte que passou para o domínio de Castela, mandou reforçar a fortificação, ampliando-a com a construção da Muralha de Fora, para abrigo e defesa da população atraindo-a com a confirmação e ampliação dos privilégios atribuídos pelo seu pai D. Afonso III, concedendo-lhe nova Carta de Foral em 1282.

Durante todo o processo de conquista do Algarve, não se pode descurar a importância do papel das Ordens Militares Religiosas, Castro Marim pela sua localização geo-raiana conseguiu atrair com a ajuda do rei D. Dinis e pela bula papal instituída pelo papa João XXII, a Ordem de Santiago, que terá herdado os bens da Ordem dos Templários extinta em 1321, instalando a sua sede no Castelo de Castro Marim em 1319 até 1356, ano em que foi transferida, por ordem de D. Pedro I, para Tomar, devido à cessação das lutas contra os mouros e de um progressivo desprestígio da zona.

A partir dessa altura, a importância deste Castelo foi diminuindo e a vila começou a despovoar-se, apesar dos privilégios atribuídos pelos monarcas.
D.Fernando I, em guerra com Castela, em 1372, concedeu mercês e novas prerrogativas à povoação e reparou as ruínas do castelo, com o incremento das campanhas ultramarinas no século XV, a Coroa Portuguesa encontrou no Algarve o melhor posicionamento geográfico e estratégico, pela proximidade ao Norte de África mantendo, assim, mais facilmente essas praças, controlando-as, para além de controlar possíveis ataques de corsários vindos do sul ou da vizinha Espanha.

Castro Marim tornava-se assim, pela sua localização geográfica, numa das principais praças de guerra aquando do destacamento das nossas tropas além-mar, perdendo o seu apogeu relativamente a outras praças de guerra algarvias durante o século XVI, durante o reinado de D. Manuel I, com a nova Carta de Foral atribuída a esta vila em 1504, iniciaram-se relevante obras de restauro e defesa do Castelo, em 1509.

Estas obras visaram um duplo objectivo de apoio às conquistas ultramarinas e de vigilância aos possíveis ataques corsários a que esta vila estava sujeita.
Dentro do recinto muralhado, situavam-se as ruínas da Igreja de Santiago, primitiva matriz da vila, construída no século XIV, a Igreja de Santa Maria e antiga Igreja da Misericórdia, junto à porta de armas, que serviu a população até ao século XVI, altura em que a vila começou a crescer para fora do recinto muralhado, significando o aumento de terra firme.


A vila torna-se num importante ponto de segurança e porto piscatório e comercial, contribuindo para o aumento da população, atingindo o seu apogeu nos séculos XV e XVI. Deste prestígio resultaram o aparecimento de outras duas freguesias, a de Nossa Senhora da Visitação em Odeleite, referida na Visitação de 1534, e a outra, a "Capela Curada do Santo Espírito" (Espírito Santo) do Azinhal, referenciada em 1565. A freguesia da Altura foi recentemente criada em Junho de 1993, alargando o concelho para quatro freguesias administrativas.
Por este motivo e com o incremento das estruturas abaloartadas durante o século XV, mandou D. João IV, aquando das Guerras da Restauração em 1640, dada a importância militar desse ponto, restaurar o Castelo e fazer novas obras de fortificação, construindo o Forte de S. Sebastião e de Revelim / Forte de S. António.
 
O Forte de S. Sebastião, implantado no serro do Cabeço onde se encontrava uma Ermida dedicada a S. Sebastião destruída aquando das obras do Forte a sul do monte do Castelo, é composto por planta irregular com 5 baluartes, de fachada principal a norte por onde comunicava com o Castelo por um pano de muralha e entrada coberta.

O Revelim / Forte de S. António a nascente do Forte de S. Sebastão, construído sobre o Cerro chamado Rocha do Zambujal, que pelo seu avanço relativamente às outras fortificação, estava destinado a comandar a travessia e navegação do Guadiana. Dentro deste sistema defensivo mandou o rei construir uma Ermida dedicada a S. António que possuía um altar ao mártir S. Sebastião.
Grande abalo sofreu esta vila aquando do terramoto de 1 de Novembro de 1755, destruindo-lhe grande parte do seu património arquitectónico.

A vila cresceu extramuros sem no entanto nunca conseguir recuperar a importância de séculos passados, agravada pelo nascimento de Vila Real de Santo António, que junto do assoreamento dos esteiros, provocou a sua decadência








quarta-feira, 1 de agosto de 2012

VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO E PRAIA DO CABEÇO


Bom depois de muito hesitar decidi levar a minha bichinha de férias, com o princípio de não roubar tempo a mim mesmo para estar com a família, optei por voltas curtas ou outras à hora de tarde, quando o tempo estava menos quente… bom foi quase assim… depois explico.
Mas como a ideia era desde logo aliciante, explorar uma zona que era totalmente nova para mim, tive que conter desde logo o ânimo de me estender para empenos maiores, até porque antes das férias não tinha rolado lá grande coisa por força do trabalho, como tal as pernas não estavam para grandes andamentos.
Portanto fiz apenas algumas incursões em estradões, mas deu mesmo assim para conhecer algumas povoações e zonas mais de interior onde as coisas são bem diferentes do que se conhece apenas junto ás praias.
Esta primeira volta deu-se logo cedo com uma pequena passagem pelo Farol de Vila Real de Santo António, e depois com uma incursão na praia, desde a praia do Cabeço vulgarmente chamada de Retur até à praia da Alagoa em Altura, pelo areal para aproveitar a maré vazia, como de resto voltei a fazer mais uma ou outra vez, é uma sensação muito boa, rolar junto ao mar aliado ao facto de que a areia sempre “empata um pouco”.  



FAROL VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO
Entrou em funcionamento em Janeiro de 1923 após largos anos de discussão quanto ao método de construção, visto estar localizado num local arenoso. A torre, circular, com 40 metros de altura assentava sobre fundações de betão armado. A luz lá instalada, de relâmpagos, era obtida por incandescência de vapor de petróleo e tinha um alcance de 33 M.
Hoje está equipado com o aparelho óptico lenticular de Fresnel de terceira ordem com 500 mm de distância focal original.
Em 1927 é eletrificado com motores geradores, e em 1947, ligado à rede pública de eletricidade, ano em que a máquina de relojoaria que, até então, tinha assegurado o movimento do aparelho óptico foi também substituída por motores elétricos e a lâmpada por uma outra de 3.000W.
Em 1960, os dínamos foram substituídos por alternadores e foi instalado um elevador de acesso à torre.
Em 1983, a lâmpada é substituída por uma de 1.000W. Seis anos depois, o farol é automatizado, estando, portanto, desprovido de faroleiros nos dias de hoje.





ESTÁDIO MUNICIPAL DE 
VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO
PRAIA DE VILA REAL


PRAIA DO CABEÇO